quinta-feira, 10 de setembro de 2009

No meu olhar



"Já escondi um amor com medo de perde-lo,
Já perdi um amor por esconde-lo;
Já segurei nas mãos de alguém por estar com medo,
Já tive tanto medo ao ponto de não sentir minhas mãos;
Já expulsei pessoas que amava da minha vida,
Já me arrependi por isso;
Já passei noites chorando ate pegar no sono,
Já fui dormir tão feliz ao ponto de não conseguir fechar os olhos;
Já acreditei em amores perfeitos,
Já descobri que eles não existem;
Já amei pessoas que me decepcionaram,
Já decepcionei pessoas que me amaram;
Já passei horas em frente do espelho tentando descobrir quem sou,
Já tive tanta certeza de mim ao ponto de querer sumir;
Já menti e me arrependi depois,
Já falei a verdade e também me arrependi;
Já fingi não dar importância a pessoas que amava,
Para mais tarde chorar quieta em meu canto;
Já sorri chorando lágrimas de tristeza,
Já chorei de tanto rir;
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena,
Já deixei de acreditar nas que realmente valiam;
Já tive crises de riso quando não podia;
Já senti muita falta de alguém mas nunca lhe disse;
Já gritei quando deveria calar,
Já calei quando deveria gritar;
Muitas vezes deixei de falar o que penso,
Para agradar uns;
Outras vezes falei o que não pensava,
Para não magoar outros;
Já fingi ser o que não sou,
Para agradar uns;
Já fingi ser o que não sou,
Para agradar outros;
Já contei piadas sem graça,
Apenas para ver um amigo mais feliz;
Já inventei historias de final feliz,
Para dar esperança a quem precisava;
Já sonhei de mais,
Ao ponto de confundir com a realidade;
Já tive medo do escuro,
Hoje no escuro “me acho, me agacho, fico ali...”;
Já cai inúmeras vezes,
Achando que não iria me reerguer;
Já me reergui inúmeras vezes,
Achando que não iria mais cair;
Já liguei pra quem não queria,
Apenas para não ligar para quem realmente queria;
Já corri atrás de um carro,
Por ele levar embora alguém que eu amava;
Já chamei pela mãe a meio da noite fugindo de um pesadelo,
Mas ela não apareceu, e foi um pesadelo maior ainda;
Já chamei pessoas próximas de “amigo”,
E descobri que não eram;
Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada,
E sempre foram e serão especiais para mim;
Não me dêem formulas certas,
Porque eu não espero acertar sempre;
Não me mostrem o que esperam de mim,
Porque eu vou seguir o meu coração;
Não me façam ser o que eu não sou,
Não me convidem a ser igual,
Porque sinceramente quero ser diferente;
Não sei amar pela metade.
Não sei viver de mentiras.
Não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma,
Mas com certeza não serei a mesma para sempre;
Se algum dia alguém lhe perguntar,
Quem sou eu,
Diga que sou intimamente conhecida,
Que me amou ou odiou...
Pelos meus olhos!
Pois neles estão todas as minhas verdades!..
."

1 comentário:

cristR disse...

bellisimo, bello escrito, lleno de sentimiento, de espiritu y sabiduria que se podria llamar humanamente universal has rozado las llanuras de la poesia de expresion pura y de rimas exquisitamente bien hiladas, es uno de los mejores poemas que he encontrado, felicitaciones Lu... gracias por el lindo momento que pasé al leer tu poema.